27 de Setembro de 2003
Uma peça de teatro baseada nos Diários de Andy Warhol ... ESPECIAL NADA ... O programa de televisão que Warhol nunca teve mas sempre quis ter…Pop Art, Televisão, o Quarto de Warhol, entrevistas, sessões de maquilhagem e REVELAÇÕES INTIMAS.
Quinze Minutos Infinitos
Por Alexandre Melo
Andy Warhol é talvez o autor que melhor corporiza a deslocação histórica do estatuto da práctica artística. É na imensa diversidade das conexões sociais e culturais da sua obra que podemos encontrar a explicação para o facto de os Quinze Minutos de Fama parecerem tender, cada vez mais, a eternizarem-se. A obra de wahrol permite, de igual modo, levar a problematização das relações entre arte e economia nas sociedades contemporâneas a limites que até então não tinham sido questionados.
Referimo-nos ao processo que torna possível a transformação de uma banal imagem extraída dos meios de comunicação social numa obra de arte, e ao processo que conduz à substituição do suposto talento inerente à mão do artista pela simples referência a uma assinatura – reportável ao nome e à marca de um autor – que garante a ligação a uma determinada personalidade e respectivo carisma. A intensidade de circulação mediática do nome corresponde a intensidade de circulação económica dos seus produtos: “Business art is the step that comes after art" – podemos ler em The philosophy of Andy Warhol (From A to B and back again) - .
Mas existe em Warhol uma ambiguidade política, a qual se transforma numa das fontes de poder do seu trabalho: não sabemos se estamos perante uma apologia incondicional dos valores do dinheiro, da fama e do sucesso, ou se estamos perante uma denúncia demolidora. A registar, um duplo movimento de nivelamento e contaminação: da excepcionalidade à banalidade, da banalidade à excepcionalidade – Marilyn igual a uma lata de sopa. Uma lógica de desdramatização…demasiado requintada e fria para corresponder plenamente ao gosto das massas, demasiado banal e apelativa para satisfazer os padrões estéticos das elites tradicionais.
A play based on Andy Warhol’s diaries…NOTHING SPECIAL…the TV show that Warhol always want to made but never did…Pop Art, television, Wharhol’s room, interviews, make-up sessions and hot revelations.
Fifteen Minutes which never end
By Alexandre Melo
Andy Warhol is perhaps the artist who best embodies shift in the status of artistic practice. In the wide diversity of social and cultural connections to be found in his work we can find the explanation for the fact that Andy Warhol’s fifteen minutes of fame increasingly look as if they will last forever. Andy Warhol is one of the artists whose work carries furthest the question of relations between art and economics in contemporary societies.
Andy Warhol is perhaps the artist who best embodies shift in the status of artistic practice. In the wide diversity of social and cultural connections to be found in his work we can find the explanation for the fact that Andy Warhol’s fifteen minutes of fame increasingly look as if they will last forever. Andy Warhol is one of the artists whose work carries furthest the question of relations between art and economics in contemporary societies.
I refer here to the process which makes it possible to transform a banal image taken from the media into a work of art, and to the process whereby the supposed talent in the artist’s handiwork is replaced by a simple reference to a signature – referring to the artist’s name and brand – which assures the connection with a given personality and the respective charisma.
The intensity with which the name circulates in the media corresponds to the economic circulation of his products: “Business art is the step that comes after art" – can be read in The philosophy of Andy Warhol (From A to B and back again) - . But exists in Warhol a political ambiguity, one of the sources of the power in Warhol’s work: we are unable to decide whether we are faced with an unconditional apology or a devastating denunciation .
We should note the two-way movement resulting in levelling and contamination: from the exceptional to the banal , from the banal to the exceptional – Marilyn treated as the same as a can of soup. Stripping away the drama. …Too elaborate and cold to fully satisfy the taste of the masses, Too banal and attractive to meet the aesthetic standards of the traditional modernist elite.
Author and Director: João Garcia Miguel
Actors: Anton Skrzypiciel / Luís Vieira
Video: João Dias
Music: Vitor Rua
Technical Director: Edgar Alberto
Tour Manager: Marta Vieira
Estreia
Lisboa, Set2003
Por Alexandre Melo
Revista Capitals
Lisboa, Set2003
Por Alexandre Melo
Revista Capitals
OUTROS
DOC.
In UBU, European Stages, Out2004, Fred Kahn ( ING/ FR )
DOC.
In UBU, European Stages, Out2004, Fred Kahn ( ING/ FR )