As Criadas de Jean Genet no CCB

Encenação João Garcia Miguel
Tradução e adaptação do texto João Garcia Miguel a partir de Les Bonnes de Jean Genet Interpretação Anton Skrzypiciel, Miguel Borges e João Garcia Miguel Música Rui Lima e Sérgio Martins Figurinos Ana Luena Desenho de Luz e Direcção Técnica Luís Bombico Realização Vídeo Edgar Alberto Apoio ao Espaço Cénico Mantos







Edição e Operação Vídeo e Fotografia Miguel Nicolau Produção Executiva Marta Vieira Registo Documental Raquel Freire Assistente de Figurinos Catarina Felgueiras Operação de Legendagem Nuno Correia
Residência artística O Espaço do Tempo Convento da Saudação
Co – Produção João Garcia Miguel e Fundação Centro Cultural de Belém
Estrutura Financiada Ministério da Cultura Direcção-Geral das Artes e Fundação Calouste Gulbenkian
João Garcia Miguel é um artista associado do Espaço do Tempo






Espectáculos:
Dias 13,15,18,19 e 20 de Setembro às 21h
Dia 14 às 17h
Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém
M/16

“(…) As criadas de João Garcia
Miguel são toda uma outra
história. A matriz do espectáculo
é intra-teatral e problematiza
essencialmente questões de
linguagem e de comunicação nas
artes. Afasta-se elegantemente
das questões sociais e/ou
filosóficas convocadas pelo texto
para se instalar confortavelmente
na dimensão ritualista e
cerimonial da dramaturgia de
Genet. Trata-se com efeito de
uma actualização compreensível
até porque o tema apresentado
dificilmente criará alguma
empatia com o espectador actual;
e é tanto mais compreensível na
medida em que coloca o texto
de Genet no centro de uma
discussão em curso na prática
cénica contemporânea sobre
questões de representação do
discurso, sobre o corpo do actor,
sobre a noção de personagem, e,
aqui em especial, sobre género e
identidade. Desde logo, a escolha
por três intérpretes masculinos
(Miguel Borges: Claire; Anton
Skrzypiciel: Solange; João Garcia
Miguel: Madame) provoca um
afastamento de uma leitura em
que os referentes reais são mais
visíveis para se colocar no campo
da reflexão sobre a identidade e
o género.(…)”

Excerto de: “A senhora dança?
Do you dance?
La Madame danse?”,
In Público, 17 de Setembro de 2008.
Rui Pina Coelho