22/05/2006 - 30/07/2006
Peer Gynt foi apanhado, não por ser coxo, mas por ser mentiroso. “Não me mereço”, “necessito de tempo para pensar”, “um homem que é ele mesmo, aí é que está o problema, eu sou eu mesmo do princípio até ao fim”, diz Gynt, ou será que mente? Ele sonhou ser imperador, procurou a glória pessoal e resistiu aos golpes do destino. Quando parecia ter dado o melhor para ser ele próprio, Gynt descobre que é um grandioso fracasso e que a sua vida é uma mentira colossal. No fim, é apanhado pelo amor, perde a alma e morre. Em torno do épico do norueguês Henrik Ibsen, João Garcia Miguel criou um espaço surpreendente onde narrativa, música e poesia contam a viagem do homem ao encontro de si mesmo. É o teatro da razão pura que discute o indivíduo e o seu papel no mundo. Ou será tudo mentira?
Vera Peneda in LeCool Magazine
Inventámos o amor para que a vida seja mais do que apenas uma existência confinada a nós mesmos. Dizer isto é uma mera banalidade, uma formalidade, mas o óbvio existe para que alguém o diga. Somos fruto daquilo que alguém pensa de nós, um outro qualquer, um deus talvez? Ao trabalhar sobre Ibsen aprendi muitas coisas que julgava já saber; aprendi a importância de compreender que vivo numa constante ilusão, que todos os dias da minha vida julguei desvelar, contudo ela ergue-se sem cessar na minha relação com o mundo e nos olhos dos outros. Para a frente ou para trás é sempre a mesma distancia, para dentro ou para fora o caminho é sempre estreito. A vida é uma grande curva e nós seguimos sempre em frente.
Para a interpretação deste trabalho, convidei dois músicos, porque desejo construir uma peça musical, onde a narrativa, a poesia e a música se vão confrontar. Consigo também antecipar, o prazer de retomar a construção artesanal e infantil do espaço, que funcionará como uma casa de surpresas, ou quarto de brinquedos. Um espaço que suporte o desenrolar da vida do personagem de Ibsen, Peer Gynt na sua viagem ao encontro de si mesmo, procurando evitar que a sua alma se dilua num monte de lixo.
Encenação: João Garcia Miguel
Texto: João Garcia Miguel, a partir de Peer Gynt de Henrik Ibsen
Interpretação e Música: Rui Lima e Sérgio Martins
Cenografia: Mantos
Figurinos: Alexandra Moura
Vídeo: Nave
Direcção de Produção: Maria João Fontainhas
Produção Executiva: Catarina Nevesdias e Marta Vieira
Desenho de Luz e Som: André Rabaça
Fotografia e Design Gráfico: Ana Lúcia Cruz
Secretariado de Produção: Cláudia Gomes
Montagem: Pedro Tomé
Apoio: Casa d’Os Dias da Água
Co-Produção: JGM e Companhia de Teatro de Sintra
Para a interpretação deste trabalho, convidei dois músicos, porque desejo construir uma peça musical, onde a narrativa, a poesia e a música se vão confrontar. Consigo também antecipar, o prazer de retomar a construção artesanal e infantil do espaço, que funcionará como uma casa de surpresas, ou quarto de brinquedos. Um espaço que suporte o desenrolar da vida do personagem de Ibsen, Peer Gynt na sua viagem ao encontro de si mesmo, procurando evitar que a sua alma se dilua num monte de lixo.
Encenação: João Garcia Miguel
Texto: João Garcia Miguel, a partir de Peer Gynt de Henrik Ibsen
Interpretação e Música: Rui Lima e Sérgio Martins
Cenografia: Mantos
Figurinos: Alexandra Moura
Vídeo: Nave
Direcção de Produção: Maria João Fontainhas
Produção Executiva: Catarina Nevesdias e Marta Vieira
Desenho de Luz e Som: André Rabaça
Fotografia e Design Gráfico: Ana Lúcia Cruz
Secretariado de Produção: Cláudia Gomes
Montagem: Pedro Tomé
Apoio: Casa d’Os Dias da Água
Co-Produção: JGM e Companhia de Teatro de Sintra